Aplicando Empowerment nas organizações!
O que é?
Para o autor Maximiano, o termo Empowerment pode ser definido como o ato de “atribuir poderes a alguém”, ou seja, como diz Débora Santos, que possui MBA em Gestão de Pessoas, Pós-graduação em Direito do Trabalho e mais de 14 anos de experiência em implantação, reestruturação e administração dos Recursos Humano, é o ato de "transferir poderes de decisão a funcionários individuais e a equipes".
Para o autor, palestrante, Pós-Graduado em Marketing pela FGV e profundo pesquisador do Comportamento Humano, Carlos Hilsdorf, "empowerment é uma ação da gestão estratégica que visa o melhor aproveitamento do capital humano nas organizações através da delegação de poder. Devemos entender este poder como sendo o resultado do compartilhamento de informações fundamentais sobre o negócio e seus projetos, da delegação de autonomia para a tomada de decisões, e da participação ativa dos colaboradores na gestão do negócio, assumindo responsabilidades e liderança de forma compartilhada".
O autor Idalberto Chiavenato define empowerment como sendo "uma busca da energia, do esforço e da dedicação de todos e em tirar do gerente o antigo monopólio do poder, das informações e do desenvolvimento".
Os três Pilares!
Duarte destaca que o empowerment está baseado em três pilares, são eles:
Para o autor Maximiano, o termo Empowerment pode ser definido como o ato de “atribuir poderes a alguém”, ou seja, como diz Débora Santos, que possui MBA em Gestão de Pessoas, Pós-graduação em Direito do Trabalho e mais de 14 anos de experiência em implantação, reestruturação e administração dos Recursos Humano, é o ato de "transferir poderes de decisão a funcionários individuais e a equipes".
Para o autor, palestrante, Pós-Graduado em Marketing pela FGV e profundo pesquisador do Comportamento Humano, Carlos Hilsdorf, "empowerment é uma ação da gestão estratégica que visa o melhor aproveitamento do capital humano nas organizações através da delegação de poder. Devemos entender este poder como sendo o resultado do compartilhamento de informações fundamentais sobre o negócio e seus projetos, da delegação de autonomia para a tomada de decisões, e da participação ativa dos colaboradores na gestão do negócio, assumindo responsabilidades e liderança de forma compartilhada".
O autor Idalberto Chiavenato define empowerment como sendo "uma busca da energia, do esforço e da dedicação de todos e em tirar do gerente o antigo monopólio do poder, das informações e do desenvolvimento".
Os três Pilares!
Duarte destaca que o empowerment está baseado em três pilares, são eles:
1. Visão do futuro: desejar, imaginar o amanhã ideal e lutar por isso.
2. Assumir o poder: acreditar que todos podem contribuir para a melhoria e que todos podem ajudar na construção deste futuro.
3. Apropriar-se: no sentido de sentir-se responsável por tudo que diga respeito às metas traçadas.
Benefícios de sua implementação!
Segundo Kanter, "pode-se entender que são inúmeros os benefícios desta técnica, a divisão das responsabilidades entre os membros de uma equipe cria um ambiente favoráveis á melhorias em todos os níveis hierárquicos, pois se pode por meio dele, desafogar o excesso de decisão atribuída ao líder, além de motivar as pessoas dos níveis hierárquicos mais baixos, porém estes benefícios só serão vistos se bem implementado".
Em seu artigo "Processo de Implantação da Técnica de Empowerment nas Organizações", Débora lista os principais valores que serão agregados à organização, com a implementação do empowerment:
Luis César Araújo, em seu livro sobre Organizações, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional, trás as quatro dimensões para implantação do empowerment, que foram comentadas por Herrenkohl, Judson e Heffner, e a administradora Débora Santos, descreve-as assim:
1. Visão compartilhada: "clareza de metas, desempenho de funcionários, expectativas, enfim, saber o rumo que a organização quer tomar, aqui o líder deve fazer com que todos sintam-se responsáveis e que trabalhem a fim de atingir estas metas".
2. Estrutura organizacional: "como elementos desta dimensão têm-se o nível de responsabilidade, o trabalho em equipe, a tomada de decisões de risco e a valorização dos funcionários pelos clientes. O líder deve gerir o trabalho da equipe, as ações que podem promover riscos e a eficácia do trabalho, a equipe deve sentir-se responsável pelas ações, os riscos assumidos e consequentemente por seus clientes, o líder deve somente supervisionar esta etapa".
3. Responsabilidade: segundo Herrenkohl, Judson e Heffner, "aqui acontece a solução dos problemas, o treinamento e o desenvolvimento da equipe, pois, com a solução dos problemas, há uma tendência natural de que todos melhorem seu desempenho, adquiram gosto por desafios, o que estimula a aprendizagem e a busca por mudanças.
A tendência é que os membros da equipe juntamente com o líder desta desenvolvam confiança mútua, implica que os funcionários sintam-se confortáveis ao discordarem dos outros, que sintam que se aprende com os erros e que confiem que a falha não será indiscriminadamente punida".
4. Reconhecimento institucional: "os funcionários são ouvidos e suas ações e resultados são recompensados; neste momento, todos assumem a responsabilidade das suas ações".
Etapas para aplicação do empowerment!
Segundo Mills, existe “uma sequência esclarecedora nas etapas ou passos constituintes de um bom programa de empowerment”, são elas:
1. Tolerância a erros: o líder deve ter em mente que todos cometem erros, por isso, em alguns casos, a repreensão ao colaborador que cometer um erro deve ser evitada.
2. Desenvolver confiança: o líder deve dar confiança aos colaboradores, que com isso, o empowerment, ou como é popularmente conhecido no Brasil, o empoderamento, induzirá ao sentimento de propriedade, por parte dos mesmos, que se sentirão responsáveis pelo bom andamento da organização.
Para Rothstein, “nenhuma empresa sistemática poderá funcionar sem confiança, sem permitir os sentimentos de propriedade”.
3. Visão: o líder deve, antes de aplicar o empowerment, fazer com que os colaboradores tenham conhecimento a cerca da visão da organização
Como afirma Araujo, “visão é algo que alinha, motiva, une, compele todos na mesma direção”. Ou seja, sabendo quais são os objetivos da empresa, todos caminharão, em tese, na mesma direção.
4. Fixação de metas: deve-se definir quais serão as metas a serem atingidas. Ou seja, qual o caminho que se deve seguir para alcançar a visão da empresa.
5. Avaliação: nessa etapa, deve-se fazer uma comparação entre o que foi planejado e o que foi realizado. Essa avaliação deve ser transformada em feedback, para seja possível corrigir eventuais erros do processo.
6. Motivação: para que o empowerment seja melhor implementado, as organizações interessadas devem realizar ações que motivem seus colaboradores. Além disso, a empresa deve tomar atitudes, como oferecer melhores salários, prêmios e oportunidades de crescimento, no intuito de reconhecer seus funcionários pelos serviços prestados, deixando-os mais entusiasmados com suas tarefas e com a empresa.
O papel do gestor na aplicação do Empowerment!
Como destaca Ferreira, "o papel do gestor é de extrema importância no sucesso do Empowerment. Ele necessita desenvolver novas habilidades, entre as quais a de educador, facilitador, integrador e articulador. O líder tem que acompanhar o processo e ser um puxador, dando apoio e recursos necessários para que os times atinjam suas metas".
O gestor da empresa é o responsável direto pelo sucesso ou fracasso do empowerment. É ele quem deve comunicar os objetivos, se certificar que está sendo compreendido, unir a equipe, prestar auxílio a todos, disponibilizar as ferramentas e os recursos materiais para que os trabalhos sejam realizados com qualidade etc.
Gazela, Franco e Kitzberger vão além, quando dizem que “a pessoa mais importante em um processo de delegação de poder não é o funcionário que recebe a autoridade, mas o gestor que está delegando”.
Considerações Finais!
O empowerment não é somente dividir as tarefas a serem realizadas pela organização, é transferir poder de decisão a alguém, fornecendo-lhe as ferramentas, o suporte e os recursos necessários para que cumpra suas tarefas com eficácia. E com isso, além de agilizar o cumprimento das metas e o alcance da visão da organização, facilita o descobrimento de novos talentos entre os colaboradores e o desenvolvimento de novos líderes, que no futuro, serão os responsáveis por gerir a empresa. Porém, o empowerment não acarreta somente em benefícios a médio e longo prazo, mas também a curto prazo, facilitando o desenvolvimento estratégico da organização, aumentando seu índice de competitividade no mercado e melhorando o desempenho e o grau satisfação dos profissionais, de forma individual, e da equipe.
É importante destacar, que para que o empowerment realmente ocorra, como diz Carlos Hilsdorf, "não basta transferir verbalmente poder às pessoas; elas precisam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o que chamamos de 'ownership', ou seja, agirem como intraempreendedores e como se fossem 'proprietárias' do negócio, pensando como empresários".
Segundo Kanter, "pode-se entender que são inúmeros os benefícios desta técnica, a divisão das responsabilidades entre os membros de uma equipe cria um ambiente favoráveis á melhorias em todos os níveis hierárquicos, pois se pode por meio dele, desafogar o excesso de decisão atribuída ao líder, além de motivar as pessoas dos níveis hierárquicos mais baixos, porém estes benefícios só serão vistos se bem implementado".
Em seu artigo "Processo de Implantação da Técnica de Empowerment nas Organizações", Débora lista os principais valores que serão agregados à organização, com a implementação do empowerment:
- Crescente envolvimento e comprometimento dos colaboradores na tomada de decisão;
- Estimula a cooperação entre os colaboradores;
- Maior visibilidade aos colaboradores metacompetentes;
- Os colaboradores têm o poder de decisão e são responsáveis por elas;
- Antecipar a chegada de imprevistos criando alternativas para lidar com ele;
- Os líderes ensinam e apoiam a atitude de autonomia dos colaboradores;
- Cada colaborador terá poder necessário e suficiente para controlar o seu trabalho no sentido de poder realizar mais e melhor seu trabalho.
Luis César Araújo, em seu livro sobre Organizações, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional, trás as quatro dimensões para implantação do empowerment, que foram comentadas por Herrenkohl, Judson e Heffner, e a administradora Débora Santos, descreve-as assim:
1. Visão compartilhada: "clareza de metas, desempenho de funcionários, expectativas, enfim, saber o rumo que a organização quer tomar, aqui o líder deve fazer com que todos sintam-se responsáveis e que trabalhem a fim de atingir estas metas".
2. Estrutura organizacional: "como elementos desta dimensão têm-se o nível de responsabilidade, o trabalho em equipe, a tomada de decisões de risco e a valorização dos funcionários pelos clientes. O líder deve gerir o trabalho da equipe, as ações que podem promover riscos e a eficácia do trabalho, a equipe deve sentir-se responsável pelas ações, os riscos assumidos e consequentemente por seus clientes, o líder deve somente supervisionar esta etapa".
3. Responsabilidade: segundo Herrenkohl, Judson e Heffner, "aqui acontece a solução dos problemas, o treinamento e o desenvolvimento da equipe, pois, com a solução dos problemas, há uma tendência natural de que todos melhorem seu desempenho, adquiram gosto por desafios, o que estimula a aprendizagem e a busca por mudanças.
A tendência é que os membros da equipe juntamente com o líder desta desenvolvam confiança mútua, implica que os funcionários sintam-se confortáveis ao discordarem dos outros, que sintam que se aprende com os erros e que confiem que a falha não será indiscriminadamente punida".
4. Reconhecimento institucional: "os funcionários são ouvidos e suas ações e resultados são recompensados; neste momento, todos assumem a responsabilidade das suas ações".
Etapas para aplicação do empowerment!
Segundo Mills, existe “uma sequência esclarecedora nas etapas ou passos constituintes de um bom programa de empowerment”, são elas:
1. Tolerância a erros: o líder deve ter em mente que todos cometem erros, por isso, em alguns casos, a repreensão ao colaborador que cometer um erro deve ser evitada.
2. Desenvolver confiança: o líder deve dar confiança aos colaboradores, que com isso, o empowerment, ou como é popularmente conhecido no Brasil, o empoderamento, induzirá ao sentimento de propriedade, por parte dos mesmos, que se sentirão responsáveis pelo bom andamento da organização.
Para Rothstein, “nenhuma empresa sistemática poderá funcionar sem confiança, sem permitir os sentimentos de propriedade”.
3. Visão: o líder deve, antes de aplicar o empowerment, fazer com que os colaboradores tenham conhecimento a cerca da visão da organização
Como afirma Araujo, “visão é algo que alinha, motiva, une, compele todos na mesma direção”. Ou seja, sabendo quais são os objetivos da empresa, todos caminharão, em tese, na mesma direção.
4. Fixação de metas: deve-se definir quais serão as metas a serem atingidas. Ou seja, qual o caminho que se deve seguir para alcançar a visão da empresa.
5. Avaliação: nessa etapa, deve-se fazer uma comparação entre o que foi planejado e o que foi realizado. Essa avaliação deve ser transformada em feedback, para seja possível corrigir eventuais erros do processo.
6. Motivação: para que o empowerment seja melhor implementado, as organizações interessadas devem realizar ações que motivem seus colaboradores. Além disso, a empresa deve tomar atitudes, como oferecer melhores salários, prêmios e oportunidades de crescimento, no intuito de reconhecer seus funcionários pelos serviços prestados, deixando-os mais entusiasmados com suas tarefas e com a empresa.
O papel do gestor na aplicação do Empowerment!
Como destaca Ferreira, "o papel do gestor é de extrema importância no sucesso do Empowerment. Ele necessita desenvolver novas habilidades, entre as quais a de educador, facilitador, integrador e articulador. O líder tem que acompanhar o processo e ser um puxador, dando apoio e recursos necessários para que os times atinjam suas metas".
O gestor da empresa é o responsável direto pelo sucesso ou fracasso do empowerment. É ele quem deve comunicar os objetivos, se certificar que está sendo compreendido, unir a equipe, prestar auxílio a todos, disponibilizar as ferramentas e os recursos materiais para que os trabalhos sejam realizados com qualidade etc.
Gazela, Franco e Kitzberger vão além, quando dizem que “a pessoa mais importante em um processo de delegação de poder não é o funcionário que recebe a autoridade, mas o gestor que está delegando”.
Considerações Finais!
O empowerment não é somente dividir as tarefas a serem realizadas pela organização, é transferir poder de decisão a alguém, fornecendo-lhe as ferramentas, o suporte e os recursos necessários para que cumpra suas tarefas com eficácia. E com isso, além de agilizar o cumprimento das metas e o alcance da visão da organização, facilita o descobrimento de novos talentos entre os colaboradores e o desenvolvimento de novos líderes, que no futuro, serão os responsáveis por gerir a empresa. Porém, o empowerment não acarreta somente em benefícios a médio e longo prazo, mas também a curto prazo, facilitando o desenvolvimento estratégico da organização, aumentando seu índice de competitividade no mercado e melhorando o desempenho e o grau satisfação dos profissionais, de forma individual, e da equipe.
É importante destacar, que para que o empowerment realmente ocorra, como diz Carlos Hilsdorf, "não basta transferir verbalmente poder às pessoas; elas precisam ter reais condições de agir no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o que chamamos de 'ownership', ou seja, agirem como intraempreendedores e como se fossem 'proprietárias' do negócio, pensando como empresários".
Autor: Jair José M. Fernandes
Graduando em Administração na Universidade Estadual Vale do Acaraú
Acessar LinkedIn!
Comentários
Postar um comentário